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TV Globo – Nova York esteve na Intel ISEF

By 21 de maio de 2012 Sem comentários

Atualizado em 18/05/2012 22h26

Alunos brasileiros são premiados na maior feira de ciências do mundo
Valor dos prêmios é equivalente a R$ 6 milhões. Sete brasileiros subiram ao pódio em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Eles conquistaram o terceiro e o quarto lugares, em diferentes categorias.
HÉLTER DUARTE
Pensilvânia

Nos Estados Unidos, uma feira de ciências, considerada a maior do mundo, premiou o trabalho de sete estudantes brasileiros.

Estados Unidos, Coreia do Sul, Indonésia e Brasil. 1500 jovens cientistas de 70 países compartilham juntos o conhecimento e levam suas invenções para o mundo. O Brasil trouxe para Pittsburgh, no estado da Pensilvânia, 33 estudantes do Ensino Médio de escolas públicas e particulares.

Não é à toa que ela é a maior feira de ciências do mundo para alunos do Ensino Médio. Os estudantes brasileiros selecionados para expor os projetos são os vencedores de duas feiras muito importantes e concorridas. Uma em São Paulo e outra no Rio Grande do Sul.

Os pais de Ana Luísa têm um sítio no interior do Ceará e ela conhece bem as dificuldades criadas pela seca. A estudante inventou um sistema de irrigação feito de garrafas PET. Um projeto barato e que evita o desperdício, porque leva a água direto para a raiz da planta.

“Você faz um orifício no fundo da garrafa com uma furadeira e uma broca de uma polegada, encaixa para formar uma linha e todo o sistema fica enterrado”, explica a estudante.

Lucas e Eduardo, do Rio Grande do Sul, também usaram o plástico reciclável, mas para criar a prótese de um pé.

“Parte da imitação do caminhar humano natural. Ela é exatamente igual a do pé humano”, diz Lucas.

Leonardo de Oliveira Bodo, de 17 anos, descobriu que na teia da aranha existe uma substância que funciona como um antibiótico poderoso. Em laboratório, ela foi capaz de combater bactérias, além de vírus e células cancerosas. O trabalho chamou a atenção de cientistas de uma das universidades mais importantes dos Estados Unidos, a Johns Hopkins.

“A sensação de estar aqui representando 200 milhões de pessoas, dá até um calafrio. É uma coisa realmente incrível”, comemora o estudante.

O pesquisador Steven Farber disse que está impressionado:

“A gente não pode esperar esses garotos irem para universidade. Temos que dar oportunidade para os talentos, fazer com que se desenvolvam”.

Os melhores trabalhos foram escolhidos nesta sexta-feira (17). O valor dos prêmios é equivalente a R$ 6 milhões. Sete brasileiros subiram ao pódio. Eles conquistaram o terceiro e o quarto lugares, em diferentes categorias.

Leonardo, além do prêmio, recebeu convite de empresas e universidades americanas para estudar nos Estados Unidos.

“Acho que agora a sensação é de missão cumprida. A gente foi selecionado para representar o nosso país e conseguimos”, afirma o menino.